Futuro da indústria em Mariana
A indústria têxtil no Brasil, teve um faturamento no ano de 2017 estimado em US$ 45 bilhões (173.493 bilhões de reais), um aumento em torno de 14,5% anual em relação ao seu ano anterior que fechou em cerca de US$ 39.3 bilhões (150.361 bilhões de reais). Esses dados são da ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), que tomou como base os faturamentos mensais referentes aos anos de 2017 e 2016. A cidade de Mariana é um município abundante em riquezas tanto naturais como culturais e históricas, entretanto, ela tem um pouco mais de história para contar. No início, Mariana não era batizada com esse ilustre nome que hoje conhecemos. Voltando no tempo, em 1696, Mariana era um simples Arraial de Nossa Senhora do Carmo, sendo em 1711 elevada à Vila de Nossa Senhora do Carmo. Em 1745, pelo rei de Portugal, Dom João V, a agora cidade novamente mudou de nome, vindo se chamar Mariana, em homenagem à rainha Maria Ana D. Augusta.
Como sendo a primeira capital do estado de Minas Gerais e a primeira vila, Mariana tem como cenário, um período de descobertas como a busca pelo ouro, religiosidade, artes conterrâneas e recentemente a exploração do minério de ferro. Mas a cidade possuía uma outra riqueza que foi pouco explorada: o setor têxtil, que hoje é o segundo maior criador de empregos no país tendo quase 200 anos de história no Brasil. A indústria proeminente na cidade neste setor, a então dominação de Fiação e Tecelagem São José, foi fundada no ano de 1933 na cidade de Mariana com uma fábrica de fiação e tecelagem de algodão. Logo, no ano de 1964 as operações foram transferidas da cidade de Mariana para a de Barbacena, incluindo máquinas e pessoal, e posteriormente, sua capacidade produtiva sendo ampliada na cidade de destino. O que havia acontecido para a fábrica encerrar suas operações em Mariana e transferi-las para Barbacena? Por razões desconhecidas essa importante fonte de renda e emprego havia por vez encerrado sua produção na sua cidade natal. Tendo como principal produto produzido ainda nesta cidade, a chita, um tecido de algodão com estampas de cores fortes, geralmente florais, e tramas simples. A estamparia é feita sobre o tecido conhecido como “morim”.
A indústria têxtil seria um ótimo caminho a seguir para o município, pois, traria emprego e estabilidade financeira. Mas, como nem tudo são flores o futuro foi comprometido. O setor da mineração, foi outro caminho seguido, mas, este além de muitos benefícios, trouxe consigo uma carga de destruição nos últimos anos. No ano de 2015, outra tragédia agora na mineração, veio reescrever a história da cidade. Uma tragédia, que viria à tona a seguinte questão: Qual será o futuro da indústria na cidade de Mariana? Com este desastre, a cidade veio a sofrer uma crise de desemprego devido a interrupção parcial da exploração de minério. E não obstante, a recente crise financeira que desestabilizou todo o país, veio sacudir fortemente Mariana. A melhor escolha seria a cidade diversificar o seu leque industrial, não se tornando assim tão dependente de uma única fonte de renda. Uma economia diversificada, é uma economia forte nos períodos de crise e recessão. Uma breve linha do tempo data melhor a história da cidade.